domingo, 8 de novembro de 2015

O Comunismo, Marx e Engels (Parte - 2)

Marx e Engels se viam como intelectuais que trabalhavam para sintetizar as descobertas fundamentais dos que os haviam influenciado e prosseguiram no desenvolvimento dessa síntese até a fase final de suas carreiras. Ambos desejavam ser tidos como sérios propagadores do comunismo "moderno","científico" e "contemporâneo".

Monumento a Marx e Engels - Praça Alexander Platz - Berlim

Fundamental para o marxismo era a ideia do apocalipse seguido do paraíso. A destruição completa do sistema capitalista, de seus valores, estruturas sociais e a implantação do paraíso comunista na terra.

Segundo "Os camaradas", de Robert Service, o comunismo científico de Marx e Engels seguiu ou foi precedido pelas seguintes influências (clique nos links e seja redirecionado para um aprofundamento sobre cada item):




Cristianismo
- Thomas More
- Tommaso Campanella
- Os anabatistas
- Levellers e Diggers ingleses
- Jean Paul Marat
- Gracchus Babeuf
- Saint Simon
- Louis Blanc
- Charles Fourier
- Pierre-Joseph Proudhon
- Louis-Auguste Blanqui
- Wilhelm Weitling
- Nicolau Maquiavel
- Jean-Jaques Rousseau
- Auguste Comte
- Herbert Spencer
- Georg Wilhelm Friedrich Hegel

Cada uma dessas figuras ou sistemas contribuiu direta ou indiretamente para a formação da teoria científica do comunismo.

Marx e Engels não gostavam da ideia de que o indivíduo não poderia fazer mais do que simplesmente aproveitar-se das circunstâncias de sua época. A salvação de acordo com Marx e Engels, viria, não por intermédio de um indivíduo, mas por meio de uma classe inteira.

Comungavam na convicção de Comte e Spencer de que a história se formava por estágios de desenvolvimento e que o melhor estágio ainda estava por vir.

Os fundadores do marxismo davam importância fundamental à luta de classes em seus estudos e análises; diziam que a classe trabalhadora (ou o proletariado) reformaria a política, a economia e a cultura do mundo inteiro. Segundo a previsão deles, a política deixaria de existir. A ideia não era nova, no século XVIII, Jean-Jacques Rousseau sugerira que os assuntos públicos deveriam ser guiados pelo que ele chamava de Vontade Geral.

Embora nem Marx nem Engels tenham escrito muito sobre Rousseau, a marca de sua forma de pensar é inequívoca na obra dos dois. O Sistema político de Rousseau era fundamentalmente antipolítico e autoritário, mesmo considerando-se o fato de que ele anelava o advento de uma era de harmonia universal.

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