domingo, 1 de novembro de 2015

Aníbal Bruno


                          Grandes nomes costumam ter sempre boas histórias para contar, não importa a área em que atuam. Melhor para o leitor quando ele pode ter acesso a várias, alguns com atuação decisiva na vida pública ou em casos de ampla repercussão no Brasil, por isso o Blog IDireito trará diversos perfis do mais importantes Juristas Pernambucanos, começando por Aníbal Bruno de Oliveira.


Aníbal Bruno de Oliveira Firmo nasceu na cidade pernambucana de Palmares, no dia 22 de março de 1890, filho de Gercino Parente de Oliveira Firmo e Cândida Carmelinda de Oliveira.

Fez o curso primário no Colégio Santa Isabel, em Palmares. Aos onze anos de idade, mudou-se para o Recife, onde cursou Humanidades no Ginásio Pernambucano.

Com o falecimento do seu pai, em 1901, teve que enfrentar a vida sozinho o que o tornou, desde muito cedo, maduro e responsável.

Casou-se, aos vinte anos de idade, com Aurora Spencer, em 1910, e três anos depois colou grau como bacharel em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito do Recife.


De 1909 a 1924, trabalhou como funcionário da administração dos Correios e, após graduar-se, passou também a ensinar português em colégios recifenses.

Em dezembro de 1925, formou-se em ciências médicas pela então recém criada Faculdade de Medicina do Recife. Apesar de ter se graduado em dois cursos superiores, não realizou o sonho do seu pai que queria vê-lo formado em Engenharia.

Dedicou-se ao ensino de diversas disciplinas, sendo professor da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais de Pernambuco; da Escola de Aperfeiçoamento do Instituto de Educação de Pernambuco; da Escola Normal Pinto Júnior; da Faculdade de Medicina do Recife (livre docente); do Ginásio Pernambucano (livre docente); da Escola Normal Oficial do Estado; da Faculdade de Direito do Recife.

Foi diretor do Departamento de Educação de Pernambuco, quando propôs o plano de reforma da Escola Normal Oficial; criou os serviços de escoteiro e bandeirante nas escolas primárias do Estado; o Seminário Pedagógico; a Biblioteca Central dos Professores; o Museu Pedagógico Central; o Boletim de Educação do Estado; os serviços de educação física, música e canto orfeônico nas escolas primárias e organizou, anexo ao Departamento de Educação, o serviço de Antropologia, Psicologia e Medicina Escolar.

Representou Pernambuco em diversos congressos na área educacional e foi um dos fundadores e diretores da Universidade Popular do Recife.

Membro da Academia Pernambucana de Letras, ocupou a cadeira cujo patrono é Paula Batista.

Professor de carreira, médico, jurista, pedagogo e filólogo, Aníbal Bruno publicou entre outros, os seguintes trabalhos:

De 1926 a 1940: O equilíbrio ácido-base do sangue; Das glândulas paratireóides em patologia; Chaucer na língua e na literatura inglesa; O exame Alfa (estudo de psicologia e psicotécnica); O romantismo; Interjeições e onomatopéias; Um programa de política educacional; Contribuição ao estudo da fisiopatologia constitucional (biotipologia aplicada); A perigosidade criminal; Tobias Barreto criminalista; Biologia e direito; Medidas de segurança; Língua protuguesa(4 volumes).

De 1941 a 1945: A Faculdade de Direito do Recife e o pensamento jurídico-penal brasileiro; Culpabilidade, imputabilidade, responsabilidade – formas de culpabilidade – o dolo e a culpa; Estado de necessidade e Legítima defesa.

Na década de 1950, já aposentado da cátedra de Direito Penal da Faculdade de Direito do Recife, mudou-se para o Rio de Janeiro, publicando de1956 a 1966 Direito
Penal (4 volumes) e, em 1969, Comentários ao Código Penal(v.2).

Aníbal Bruno morreu no dia 17 de abril de 1976, no Rio de Janeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário