quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Vaticano - Política

Estados papais

Os papas gradualmente passaram a ter um papel secular como governadores de regiões próximas a Roma. Eles governaram os Estados Pontifícios. Durante um período de quase mil anos, que teve início no império de Carlos Magno no século IX, os papas reinavam sobre a maioria dos Estados temporais do centro daPenínsula Itálica, incluindo a cidade de Roma, e partes do sul da França.
Pela maior parte deste tempo o Vaticano não foi a residência habitual dos Papas, mas o Palácio de Latrão, e nos últimos séculos, o Palácio do Quirinal, enquanto a residência entre 1309-1377 foi em Avinhão, na França. As terras tinham sido doadas em 756 por Pepino, o Breve, rei dos francos.

Política

Papa, chefe de Estado eleito em um colégio de cardeais denominado conclave para um cargo vitalício, detém no Estado do Vaticano os poderes legislativoexecutivo e judicial, desde a criação do Vaticano pelo Tratado de Latrão, em 1929, com a Itália sob o regime fascista de Mussolini.
Tecnicamente é uma monarquia eletiva, não hereditária (isto seria impossível, já que o Papa é celibatário). Pode-se considerar o Vaticano como uma autocracia, porque todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário) estão concentrados na figura do Papa, que não possui qualquer órgão que fiscalize seus atos como governante, e, por ser considerado sucessor de São Pedro, não deve prestação de contas a ninguém, considerando-o um emissário de Deus na Terra. O termo cidade do Vaticano é referente ao Estado, enquanto Santa Sé é referente ao governo da Igreja Católica efetuado pelo Papa e pela Cúria Romana.
Cúria Romana é efetivamente o governo do Estado e a gestão administrativa, pelo que o seu chefe, o Secretário de Estado, tem as incumbências equivalentes às de um primeiro-ministro. Outros cargos políticos encontram-se sob designações diversas nos órgãos da Cúria Romana.

Stato della Città del Vaticano
Sede de Governo do Estado do Vaticano

Formalmente constituído em 1929 com a configuração atual, o Estado do Vaticano administra as propriedades situadas em Roma e arredores que pertencem à Santa Sé. O Estado do Vaticano, com o estatuto de observador nas Nações Unidas, é reconhecido internacionalmente e foi admitido membro de pleno direito das Nações Unidas em Julho de 2004, mas abdicou voluntariamente do direito de voto.
Estado tem os seus próprios embaixadores ou representantes, um jornal oficial (Acta Apostolicae Sedis), uma estação de rádio, e uma força militar denominada Guarda Suíça, e uma força policial militar, denominada Corpo da Gendarmaria do Estado da Cidade do Vaticano. Emite autonomamente moeda (desde 2002, o euro), selos e passaportes.
A Santa Sé estabelece com muitos Estados tratados internacionais (concordatas), para assegurar direitos dos católicos ou da Igreja Católica naqueles Estados. Muitos foram assinados quando os Estados se laicizaram, como forma de garantir direitos para a Igreja e permitir sua existência em tais países.

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