segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Racionalismo Gnosiológico

O Racionalismo Gnosiológico fundamenta o conhecimento em categorias cognitivas "a priori" , eventualmente divinas, inatas, independentes dos dados da experiência.

Antecedentes de Descartes / Influências

Na sistemática desenvolvida por Parmênides (c.460 AEC – Eléia), por exemplo, já é possível notar um “racionalismo extremo”. E graças a essa convicção, ele afirmou que em decorrência da pressuposta racionalidade total do real (ou da realidade), dever-se-ia exigir a “negação” de tudo que não fosse completamente acessível ao pensamento racional.

Grosso modo, seria como exigir que esse escrevinhador negasse a existência de uma equação matemática, apenas por lhe faltar capacidade intelectual para compreendê-la.

Há pouco tive certa relutância em empregar o termo “abuso” como uma das definidoras do Racionalismo, porém, considerando o parágrafo acima vejo que não foi excessivo, pois o abuso da ideia racionalista foi real, embora errôneo.

Aliás, outra proposição de Parmênides e adeptos confirma o exagero, já que eles propuseram a negativa do próprio movimento, sob a alegação de que ele seria apenas uma “ilusão dos Sentidos”. Para ele, só seria predicável (ou seja, o que pode ser dito, enunciado) o Ser imóvel, imutável, indivisível e único, pois, apenas assim seriam satisfeitas todas as condições da racionalidade (sic). Em termos vulgares, poder-se-ia dizer que ele fez “uma conta de chegar”.

Porém, o “racionalismo extremo” de Parmênides e de outros não foi hegemônico. Primeiro ele sofreu a oposição de o “devir” de Heráclito de Éfeso (535-475 AEC Éfeso, Ásia Menor) e, depois, a atenuação proposta pelo mestre Platão (428-348 AEC, Atenas), que no sistema epistemológico ou gnosiológico abriu espaço para os fenômenos (aquilo que pode ser percebido, captado) e para as opiniões, considerando ambos como “Saberes Verdadeiros”.

O Racionalismo Gnosiológico

A partir do século XVII o exame da interioridade tem como meta o acesso à verdade e a fuga das ilusões, alternando-se os filósofos na atribuição da razão (os racionalistas) ou dos sentidos (os empiristas) como via privilegiada do conhecimento.


O Racionalismo Gnosiológico é a tese que afirma ser a Razão o único órgão capaz de produzir (ou de chegar) ao Conhecimento Verdadeiro. Consequentemente, todo conhecimento verdadeiro só pode ser originado pela racionalização da questão. É o chamado “Racionalismo Epistemológico” ou “Racionalismo Gnosiológico”.

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