segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Descartes e o Ceticismo



A corrente cética defende a impossibilidade do conhecimento de qualquer verdade, eles rejeitam qualquer tipo de dogma. Para os céticos o conhecimento é relativo, depende da realidade da pessoa que o possui e das condições do objeto. Logo não é possível a certeza de nada.



Descartes acreditando na possibilidade de estabelecer um conhecimento certo e seguro, inicia por duvidar seriamente, como o cético faz, do que pensamos conhecer. A decisão de duvidar é provocada pela percepção de que, por um lado, nosso conhecimento é frágil e de que, por outro, essa fragilidade passa desapercebida ou é pouco considerada.

A primeira etapa da dúvida ataca o conjunto de minhas opiniões sobre as coisas sensíveis. Eu acredito que conheço os objetos do mundo exterior, porque eles se manifestam à minha percepção sensível. Porém, para desestabilizar isso basta mostrar que os sentidos me enganam algumas vezes e que, portanto, podem estar me enganando sempre.

Descartes acreditava na possibilidade de conhecer a realidade e apreender mentalmente suas características, então usa o processo da dúvida, enquanto método, pra descobrir  verdades absolutas, não se podendo denominá-lo de cético, ou seja, membro da corrente aposta que nega a possibilidade de conhecer qualquer parte integrante da realidade.

Mais do que a verdade, Descartes queria uma certeza, e a conseguiu por meio do método; trilhou pelo caminho da dúvida não para ser cético, mas para ter a primeira certeza, mostrando que é possível ter certeza de algo.

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