segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Empirismo Gnosiológico, Sensação e Reflexão

O Empirismo, reconhece apenas como conhecimento válido o que advém da experiência, do testemunho dos sentidos. O Empirismo vê na experiência humana a única forma de obter conhecimento, não havendo nesse caso patrimônio cognoscível a priori, Para o Empirismo, é com a experiência que o espírito humano ganha consciência de conceitos, estando antes vazio por natureza.
Como uma tábula rasa.

Locke, por ser empirista, parte da experiência. Assim, ele sustenta que as ideias não são inatas, são adquiridas. Deste modo, uma criança não nasce sabendo, ao passo que o conhecimento desta precisa se dar de forma gradativa.

Para o empirista, “Não há nada na razão sem que primeiro tenha estado nos sentidos”.

As ideias não são inatas, pois elas são adquiridas através da experiência. Elas se manifestam de forma interna (Reflexão) e externa (Sensação). Internas são aquelas que se adquirem por reflexão e as externas, por sua vez, são aquelas que se adquirem através dos sentidos.

No entanto, para John Locke, A EXPERIÊNCIA É DÚPLICE: externa e interna. A primeira realiza-se através da SENSAÇÃO, e nos proporciona a representação dos objetos (chamados) externos: cores, sons, odores, sabores, extensão, forma, movimento, etc. 

A segunda realiza-se através da REFLEXÃO, que nos proporciona a representação das próprias operações exercidas pelo espírito sobre os objetos da sensação, como: conhecer, crer, lembrar, duvidar, querer, etc.

Locke argumenta que realmente existe certa falha no conhecimento empírico, ou seja, eles não são 100% satisfatórios. Mas na prática o conhecimento adquirido através dos sentidos funciona, não fazendo diferença as pequenas falhas e ilusões ou percepções falsas geradas certas e raras vezes. Além disso existem boas razões para acreditar nos sentidos, já que eles se apoiam e se equilibram.

Para Locke, e nesse ponto a sua gnosiologia empírica engloba a de Descartes e vai além, sendo assim mais completa, a experiência pode tanto se dar através do sensorial como do mental, ou seja, as próprias reflexões são também uma forma de experiência.Corpo e mente são uma coisa só, não são distintos como em Descartes.

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